Representatividade! Professora empreende vendendo bonecas negras
- Redação
- Dec 11, 2022
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Uma frustração pessoal levou a professora Jozi Belisiario (@jozi.bia), de 34 anos, à graduação de pedagogia. “Eu tive uma professora que foi muito racista comigo, me deixou para baixo durante muitos anos da minha vida. Eu decidi trabalhar em escola, ter esse contato com as crianças, para fazê-las acreditarem no poder que elas têm”, diz. Durante o curso, além da profissão, ela enxergou uma oportunidade de negócio a partir de uma segunda indignação: não encontrar bonecas negras para comprar.
Em novembro 2017, quando resolveu buscar pelos produtos, ela só conseguiu encontrá-los em sites internacionais. Segundo ela, boa parte das bonecas negras vendidas hoje por grandes marcas ainda não haviam sido lançadas. “Fiquei frustrada, eu só queria uma boneca”, conta. Quando os produtos chegaram, meses depois, ela notou que outras pessoas se interessaram por eles. Decidiu, então, começar a trabalhar com revendas.
Hoje, Belisiario comanda a Loja Aneesa (@compreaneesa) especializada em bonecas negras. Os brinquedos vêm da China e, ao recebê-los, a empreendedora faz adaptações locais. “Fazemos toda a personalização da boneca, trançando o cabelo, aparando o black power. Também temos um olhar para caracterização em conjunto com a costureira e modelista.”
Hoje, o principal canal de venda é o e-commerce, e o mix de produtos cresceu, com opções de livros para colorir e até vestuário infantil. O faturamento mensal da Loja Aneesa é de R$ 8 mil, em média.
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